sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Pais, um povo, uma comunidade

Quem é pai (não mãe) sabe: ter filhos, criá-los, amá-los, respeitá-los é pertencer a uma nacionalidade à parte, a um sistema cultural único, com sua identidade, suas leis, códigos, direitos e deveres - tudo isso guardado apenas na cabeça desses homens que, como um bebê que nasce, chega a este território sem saber ao certo o concerto de alegrias, apreensões, aventuras e plenitudes que se seguirá.

Ser pai é viver numa comunidade imaginária, mas não menos real, de grande extensão territorial, de natureza farta, sem sistema de governo, um pode tudo repleto de pequenas tiranias, de golpes e proclamações de repúblicas, de liberdades e coletivos criativos, regida por um ou mais desses seres que são um, dois ou muitos, que começam novos e assim ficam para sempre, porque sempre serão essas pessoas por quem, definitivamente, fazemos um país: nossos filhos.

Pais desta terra, seu visto está carimbado para estas latitudes únicas, esta ilha, este que é um generoso país para todos.